HIVIEMA
Escritor, pintor, navegador e poeta, nascido na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1941, lança seu livro "Só um naufrágio pode evitar o inevitável".
Hiviema narra com exata precisão a angustiante despedida do ser. Em seu teatro verbal acena do escuro abismo da solidão, onde todo o contexto deve acontecer.
O grito do íntimo conflito.
O acaso do naufrágio.
O silêncio de um tempo iluminado pelo nada sepultado do passado.
Sem rumo, segue solitário seu destino. Afoga sua luz no exílio dos sonhos, ao mergulhar neste profundo mar de vida.
O mar sou eu, o fogo, o desespero do meu eu.
"Hiviema em erótico abandono cria um contraponto com a natureza. Ele é assíduo nessa metáfora, tangencia as fronteiras do sonho, abrindo um caminho potencialmente inesgotável."
Walmir Ayala
Hiviema ao construir sua heróica odisséia nos assegura:
"Escrever é tentar o suicídio e não morrer."
... se for a morte a negação do ser.
Prelúdio
"... O silêncio abduzido do silêncio de um vazio ..."
Estelar
"Alguma estrela, evadida de seu firmamento adormece inclinada
num trêmulo vazio."
Noturno
"Quem sabe a noite?
Angústia pura:
Leve desabar do tempo."
Tempo Incerto
"O castelo, autópsia do belo,
Ressuscita o cadáver de um gesto..."
Anceios
"Para o cego, não existe imensidão.
Até a escuridão é curta."